sábado, 20 de outubro de 2012

Estrutura de uma Redação


Sim, eu sei que pode parecer ridículo falar sobre a estrutura básica da redação, dedicando o escrito especialmente para estudantes que irão fazer o ENEM e/ou prestar vestibular. Mas, por incrível que pareça, vários estudantes que estão saindo do Ensino Médio e até mesmo quem já o tem concluído não sabem as estruturas básicas da redação, seja ela narrativa, descritiva ou dissertativa.

Vale lembrar que este post é sobre a estrutura básica da redação. Há um outro link com dicas para o texto em si clicando aqui

O que devemos de saber primeiramente é que uma redação tem, obrigatoriamente, três principais fases:
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
CONCLUSÃO

Abaixo vamos analisar como eles estruturam-se.



INTRODUÇÃO:

Apresenta a ideia central a ser discutida, de modo claro e objetivo. Tal ideia, também denominada tese, norteará a argumentação, a qual deve iniciar-se apenas a partir do segundo parágrafo. É o ponto de partida do texto.

Introduzir significa “levar para dentro”. Isto significa obviamente que, na introdução o autor conduz o leitor para dentro do tema, do assunto, da tese. A introdução apresenta a ideia que vai ser discutida, nada lhe acrescentando.

Sendo o contato inicial do leitor com o texto, deve atraí-lo, despertá-lo para interessar-se a ler. Assim, ela deve ser objetiva e simpática. Sobretudo, não pode ser longa. Profissionais da área de Letras recomendam algo em torno de seis linhas. Ou um ou dos períodos.

A ideia a ser discutida (Tópico frasal) pode apresentar-se de várias formas: uma declaração, uma pergunta, uma divisão, uma citação, entre outros. A afirmação da introdução terá resposta no desenvolvimento e explicitada na conclusão. Mas, deve-se evitar divagações inúteis.

Lembre-se: a redação começa na linha um e não no tema ou no título, não havendo desta forma repetição, uma vez que não é possível repetir o que ainda não foi dito

DESENVOLVIMENTO

É a parte do texto que contém ideias, conceitos, informações e argumentos de que você dispõe e serão desenvolvidos, de forma organizada e criteriosa, exemplificando de maneira rica e suficiente o pensamento. Ele deve nascer da introdução. Corresponde à parte mais longa da redação. Metaforicamente falando, o corpo sempre há de ser maior do que a cabeça e os pés. Sob pena de termos uma aberração.

Como dito, o desenvolvimento será a parte mais longa da redação, mas não necessariamente a mais complicada, confusa e ininteligível. Isto acontece normalmente quando não se faz uma seleção de ideias prévia, quando não se sabe o que escrever antes de começar a escrever. Só comece a escrever depois que souber, com certeza, quais as ideias, aquilo que e sobre o vais escrever.

Não há necessidade de muitas ideias (E, geralmente nem espaço para isto). O importante é que, mesmo sendo poucas, as ideias sejam correta e objetivamente expostas. Não se deve cansar o leitor com demasiados argumentos diferentes, nem com períodos longos e maçantes que, no final resultam confusos.
Dica: se há a dúvida entre a vírgula e o ponto final, opte pelo ponto, sempre!!!

Vários profissionais recomendam três parágrafos com cerca de seis linhas cada e três ideias diferentes. Ou, dois parágrafos com oito linhas em média, sendo também recomendado que o primeiro com os aspectos positivos e, o segundo, com aspectos negativos. Não ouso recomendar de nenhuma das fontes que tenho o número mínimo de linhas, uma vez que ela alterou-se nos últimos anos e ainda pode alterar-se. Por isto, analise o que melhor se encaixa ao momento da qual você fará a sua redação.

CONCLUSÃO

É a parte final do texto, do tamanho de um parágrafo, é um resumo forte e sucinto de tudo o que já foi dito no parágrafo inicial, sem repeti-la, de modo que finalize o texto. A conclusão não permite o relato de novos argumentos. Ela não pode acabar de súbito.

Portanto, a conclusão é a comprovação da tese levantada na introdução e discutida no desenvolvimento. Ela é, a princípio, retirada da melhor ideia que se crê ter no momento da reflexão inicial sobre o tema. É a posição face a um problema qualquer, a sua solução, e/ou a projeção futura de consequências que virão caso não sejam tomadas medidas da qual o autor crê que são necessárias, porém, ao propor estas soluções, elas não devem adquirir ares de profecia (E que devem ter sido citadas no desenvolvimento da redação).

FONTES:

INFANTE, Ulisses. Textos: Leituras e Escritas, volume único, São Paulo: Scipione, 2006.

MAZAROTTO, Luiz Fernando. Manual Básico de Redação e Gramática Aplicada,
São Paulo: DCL – Difusão Cultural do Livro, 4ª edição, 2000.

            Biblioteca da Escola em Casa, vol. 4 – Redação, Inglês, Espanhol, Inglês, Informática, Ed. Artística, Ed. Física, São Paulo: DCL – Difusão Cultural do Livro, 2004.