Sim, eu sei que pode parecer ridículo falar sobre a
estrutura básica da redação, dedicando o escrito especialmente para estudantes que
irão fazer o ENEM e/ou prestar vestibular. Mas, por incrível que pareça, vários
estudantes que estão saindo do Ensino Médio e até mesmo quem já o tem concluído
não sabem as estruturas básicas da redação, seja ela narrativa, descritiva ou
dissertativa.
Vale lembrar que este post é sobre a estrutura básica da
redação. Há um outro link com dicas para o texto em si clicando aqui
O que devemos de saber primeiramente é que uma redação tem,
obrigatoriamente, três principais fases:
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
CONCLUSÃO
Abaixo vamos analisar como eles estruturam-se.
INTRODUÇÃO:
Apresenta a ideia central a ser discutida, de modo claro e
objetivo. Tal ideia, também denominada tese,
norteará a argumentação, a qual deve iniciar-se apenas a partir do segundo
parágrafo. É o ponto de partida do texto.
Introduzir significa “levar para dentro”. Isto significa
obviamente que, na introdução o autor conduz o leitor para dentro do tema, do
assunto, da tese. A introdução apresenta a ideia que vai ser discutida, nada
lhe acrescentando.
Sendo o contato inicial do leitor com o texto, deve
atraí-lo, despertá-lo para interessar-se a ler. Assim, ela deve ser objetiva e
simpática. Sobretudo, não pode ser longa. Profissionais da área de Letras
recomendam algo em torno de seis linhas. Ou um ou dos períodos.
A ideia a ser discutida (Tópico
frasal) pode apresentar-se de várias formas: uma declaração, uma
pergunta, uma divisão, uma citação, entre outros. A afirmação da introdução
terá resposta no desenvolvimento e explicitada na conclusão. Mas, deve-se
evitar divagações inúteis.
Lembre-se: a redação começa na linha um e não no tema ou no
título, não havendo desta forma repetição, uma vez que não é possível repetir o
que ainda não foi dito
DESENVOLVIMENTO
É a parte do texto que contém ideias, conceitos, informações
e argumentos de que você dispõe e serão desenvolvidos, de forma organizada e
criteriosa, exemplificando de maneira rica e suficiente o pensamento. Ele deve
nascer da introdução. Corresponde à parte mais longa da redação.
Metaforicamente falando, o corpo sempre há de ser maior do que a cabeça e os
pés. Sob pena de termos uma aberração.
Como dito, o desenvolvimento será a parte mais longa da
redação, mas não necessariamente a mais complicada, confusa e ininteligível.
Isto acontece normalmente quando não se faz uma seleção de ideias prévia,
quando não se sabe o que escrever antes de começar a escrever. Só comece a
escrever depois que souber, com certeza, quais as ideias, aquilo que e sobre o
vais escrever.
Não há necessidade de muitas ideias (E, geralmente nem
espaço para isto). O importante é que, mesmo sendo poucas, as ideias sejam
correta e objetivamente expostas. Não se deve cansar o leitor com demasiados
argumentos diferentes, nem com períodos longos e maçantes que, no final
resultam confusos.
Dica: se
há a dúvida entre a vírgula e o ponto final, opte pelo ponto, sempre!!!
Vários profissionais recomendam três parágrafos com cerca de
seis linhas cada e três ideias diferentes. Ou, dois parágrafos com oito linhas
em média, sendo também recomendado que o primeiro com os aspectos positivos e,
o segundo, com aspectos negativos. Não ouso recomendar de nenhuma das fontes
que tenho o número mínimo de linhas, uma vez que ela alterou-se nos últimos
anos e ainda pode alterar-se. Por isto, analise o que melhor se encaixa ao
momento da qual você fará a sua redação.
CONCLUSÃO
É a parte final do texto, do tamanho de um parágrafo, é um
resumo forte e sucinto de tudo o que já foi dito no parágrafo inicial, sem repeti-la,
de modo que finalize o texto. A conclusão não permite o relato de novos
argumentos. Ela não pode acabar de súbito.
Portanto, a conclusão é a comprovação da tese levantada na
introdução e discutida no desenvolvimento. Ela é, a princípio, retirada da
melhor ideia que se crê ter no momento da reflexão inicial sobre o tema. É a
posição face a um problema qualquer, a sua solução, e/ou a projeção futura de
consequências que virão caso não sejam tomadas medidas da qual o autor crê que
são necessárias, porém, ao propor estas soluções, elas não devem adquirir ares
de profecia (E que devem ter sido citadas no desenvolvimento da redação).
FONTES:
INFANTE, Ulisses. Textos: Leituras e Escritas, volume único,
São Paulo: Scipione, 2006.
MAZAROTTO, Luiz Fernando. Manual Básico de Redação e Gramática
Aplicada,
São Paulo: DCL – Difusão Cultural do Livro, 4ª edição, 2000.
Biblioteca da Escola em Casa, vol. 4
– Redação, Inglês, Espanhol, Inglês, Informática, Ed. Artística, Ed. Física, São
Paulo: DCL – Difusão Cultural do Livro, 2004.
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